ROMANIZAÇÃO EM GONDOMAR
- Carateriza
a ROMANIZAÇÃO EM GONDOMAR
- Refere as evidências da existência do ouro na Serra de Banjas e Flores
Camilo de
Oliveira citando a Enciclopédia Universal Ilustrada Europea-Americana dos
Filhos de Espasa refere que: "no Monte Crasto, (...) existiu uma fortaleza
romana e segundo a lenda uma mina de ouro, encontrando-se vestígios de galerias
abertas pelos romanos e pelos árabes"
A verdade, é que
houve mineração romana em terras de
Gondomar e arredores
Nas regiões à
volta de Gondomar, destacam-se as minas de ouro de Melres e as do Fojo das
Pombas, em Valongo.
Diz a tradição
que o Monte Crasto foi uma povoação
castreja ( como Sanfins, Monte Mozinho, em Penafiel e Freixo no Marco) ocupada
pelos romanos. Na verdade, lá foram encontradas mós de mão e moedas romanas.
Em Rio Tinto, foram encontradas no Monte
Penouco, um cemitério Romano. Algumas
das lápides provenientes desse local encontram-se no Museu Soares dos Reis.
(Fina de Armada et al), Monografia de Rio Tinto.
Na serra das Banjas as mineralizações são
dominantemente do tipo Au-As (ouro, arsénico) e na serra das Flores domina o tipo Sb-Au (antimónonio, ouro). (ex. da mina de Alto do Sobrido).
“Os fojos ou
banjas ( Furos - são cavidades
correspondentes ao desmonte de filões auríferos pelos romanos), termo usado
respetivamente a norte e a sul do distrito mineiro, seguem preferencialmente a
direção E-W e NESW. Os filões quartzosos apresentam geralmente espessuras
inferiores a um metro e são geralmente pouco extensos. (Couto 1993).
Os minerais mais
frequentes são a pirite, arsenopirite, estibina, berthierite e sulfuretos mais
complexos de chumbo, antimónio e prata. O ouro apresenta-se quer puro quer em
liga com a prata ou antimónio ou na rede da pirite e arsenopirite.”
Pré-concentrações
de ouro e antimónio foram assinaladas em rochas encaixantes das mineralizações
auri-antimoníferas (Sb-Au), nomeadamente em formações do Precâmbrico(?) (4.6
bilhões de anos) e/ou Câmbrico (542
milhões de anos) constituídas por alternâncias de xistos, quartzitos,
conglomerados e rochas vulcânicas ácidas e na brecha de base do Carbonífero
(entre 359 milhões e 299 milhões de anos) .
“O ouro
apresenta-se quer puro quer em liga com a prata ou antimónio ou na rede da
pirite e arsenopirite.”
Hoje num trilho
de tipologia circular, classificado de DIFÍCIL pelo perigo da descida à cascata
do Ribeiro dos Cadeados, não sinalizado, de âmbito paisagístico e desportivo,
com início e fim no Parque de Lazer de Rio Mau, pode-se percorrer caminhos
florestais da Serra das Banjas. Na Gruta das Banjas - antigas minas de ouro, ainda
se pode observar os carris usado pelas vagoneta
Disponível em : http://bit.ly/3kR6Ve9
Serra das Banjas
Disponível em : http://bit.ly/3kR6Ve9
Gruta das Banjas
Gruta das Banjas, com o trilho das vagonetas
O ouro na região do Baixo-Douro (Portugal): da serra das Banjas à serra das Flores - um património natural e histórico a preservar. Couto, H. e Soeiro, T. F C U P/ FLUP.
Disponível em: https://bit.ly/2PvBf2l
3. Aponta locais explorados pelos romanos referidos nas quadras
Romanos:
Furamos as entranhas da terra
Para o ouro extrair
Aquelas pedras amarelas
Muita gente fez sorrir
Em Melres e em Medas
Nós os Romanos por lá andamos
Fojos, poços e galerias
Tudo aquilo escavámos
Santa Justa
E ainda na Santa Justa
Onde até escadas fizemos
Para ficar mais augusta
Fojo das Pombas
Nestas duas serras
Ainda se podem ver
7 e 30 fojos
Que lá fomos fazer
Explica o seu significado.
Lá deixamos inscrições
Aos mortos que lá enterrámos
Fizemos nós orações
6. Caracteriza a Romanização da Península Ibérica
ROMANIZAÇÃO NA PENÍNSULA IBÉRICA
Connosco trouxemos deuses
Para sempre nos proteger
Partilhá-los com os naturais
Foi sempre o nosso dever
Ensinamos a tirar da terra
Não só o próprio sustento
Uma economia mercantil
Fez crescer o alimento
Construímos estradas e pontes
Como aquela lá do Lima.
Temíamos que nos fizesse esquecer
O que nos trouxe por aí acima.
Mas o nosso governador
Mostrando grande
calibre
Entrou nas águas sem medo
Como se fora o rio Tibre
Marcos miliários
Por todo o lado construímos
Para glória do Imperador
Até as estradas medimos
Impusemos o latim
Que galaicos não sabiam articular
Com esta língua nobre
elevamos o seu falar
Para as trocas operar
Quanto metal luminoso
Criou o vosso bem estar!
Trouxemos comerciantes
Que muito contribuíram
Para alargar horizontes
Dos que nada possuíam
Fizemos rir no Teatro
E no Circo divertir
Ensinamos o culto dos deuses
Culta forma de sentir
Com os Galegos dos Galécios
Partilhámos o poder
Demos Direito de Cidadania
Civilizamos a valer
Construímos cidades
Como se pode ver em Conímbriga
Aos chefes locais demos poder
Acabou-se, assim, a briga.
7. Como os povos autóctones (locais) viram as suas conquistas romanas
Explica o ponto de vista dos povos da península ibérica.
8.. Indica os elementos que foram modificados com a romanização, na Península Ibérica, particularmente na região que é hoje Portugal.
Somos os Romanos
Armados até aos dentes
Com nossas armas
Muito reluzentes
Estão aqui os romanos
Armados até aos dentes
Pensam que as terras são deles
Vieram conquistar esta gente
Nós somos os galaicos
Vivíamos em povoados
Castros ou Citânias
Sempre bem fortificados
Vivíamos em casas de pedra
Com pais, mães e avós
O gado nosso vizinho
Não nos deixava sentir sós
Defendemos nossos bens
Conta o Romano invasor
Tentamos evitar
Que fosse nosso senhor
Galaicos, Lusitanos ou Túrdulos
É nosso ser e valor
Conhecíamos muitas artes
Oleiro, ourives e agricultor.
Não falávamos o latim
Tínhamos o nosso linguajar
Para comunicar uns com os outros
Não foi preciso a língua atar.
Somos galaicos ou Celtas
Ou como nos queiram chamar
Vivíamos neste povoado
Antes de Júnio aqui chegar
Não lhe podemos
bem querer
Sendo ele nosso opressor
seria beijar as mãos
De quem é nosso matador.
Os romanos roubaram o ouro
Do fundo da terra a arder
Puseram-nos a escavar
Para o dourado metal obter
Os romanos obrigaram-nos
A abandonar tudo a correr
Como é que a um povo assim
Nós lhe podemos querer?
9. A HERANÇA
Por que razão se poderá dizer que o facto dos romanos terem como uma das suas principais atividades a ourivesaria, os romanos poderão ter tido alguma influência nisso?
Nós somos Gondomarenses
Herdeiros dos romanos
Ensinaram-nos a explorar o ouro,
No tempo se perdem os anos
Trabalhamo-lo ricamente
Num trabalho delicado
O engenho será Celta
O produto por nós achado
Assim somos uma mistura
De artes e de magias
O que faz de nós este povo
Tão dado às alegrias