terça-feira, 2 de março de 2021

ROMANIZAÇÃO EM GONDOMAR


 ROMANIZAÇÃO EM GONDOMAR

 

  1. Carateriza a ROMANIZAÇÃO EM GONDOMAR
  2.  Refere as evidências da existência do ouro na Serra de Banjas e Flores

 

Camilo de Oliveira citando a Enciclopédia Universal Ilustrada Europea-Americana dos Filhos de Espasa refere que: "no Monte Crasto, (...) existiu uma fortaleza romana e segundo a lenda uma mina de ouro, encontrando-se vestígios de galerias abertas pelos romanos e pelos árabes"

 

A verdade, é que houve mineração romana em terras de Gondomar e arredores

Nas regiões à volta de Gondomar, destacam-se as minas de ouro de Melres e as do Fojo das Pombas, em Valongo.

 

Diz a tradição que o Monte Crasto foi uma povoação castreja ( como Sanfins, Monte Mozinho, em Penafiel e Freixo no Marco) ocupada pelos romanos. Na verdade, lá foram encontradas mós de mão e moedas romanas.

Em Rio Tinto, foram encontradas no Monte Penouco, um cemitério Romano. Algumas das lápides provenientes desse local encontram-se no Museu Soares dos Reis. (Fina de Armada et al), Monografia de Rio Tinto.

 

Na serra das Banjas as mineralizações são dominantemente do tipo Au-As (ouro, arsénico) e na serra das Flores domina o tipo Sb-Au (antimónonio, ouro).  (ex. da mina de Alto do Sobrido).

“Os fojos ou banjas ( Furos - são cavidades correspondentes ao desmonte de filões auríferos pelos romanos), termo usado respetivamente a norte e a sul do distrito mineiro, seguem preferencialmente a direção E-W e NESW. Os filões quartzosos apresentam geralmente espessuras inferiores a um metro e são geralmente pouco extensos. (Couto 1993).

Os minerais mais frequentes são a pirite, arsenopirite, estibina, berthierite e sulfuretos mais complexos de chumbo, antimónio e prata. O ouro apresenta-se quer puro quer em liga com a prata ou antimónio ou na rede da pirite e arsenopirite.”

 

Pré-concentrações de ouro e antimónio foram assinaladas em rochas encaixantes das mineralizações auri-antimoníferas (Sb-Au), nomeadamente em formações do Precâmbrico(?) (4.6 bilhões de anos)  e/ou Câmbrico (542 milhões de anos) constituídas por alternâncias de xistos, quartzitos, conglomerados e rochas vulcânicas ácidas e na brecha de base do Carbonífero (entre 359 milhões e 299 milhões de anos) .

 

“O ouro apresenta-se quer puro quer em liga com a prata ou antimónio ou na rede da pirite e arsenopirite.”

 

Hoje num trilho de tipologia circular, classificado de DIFÍCIL pelo perigo da descida à cascata do Ribeiro dos Cadeados, não sinalizado, de âmbito paisagístico e desportivo, com início e fim no Parque de Lazer de Rio Mau, pode-se percorrer caminhos florestais da Serra das Banjas. Na  Gruta das Banjas - antigas minas de ouro, ainda se pode observar os carris usado pelas vagoneta

   Disponível em : http://bit.ly/3kR6Ve9


 

 

 Serra das Banjas

Disponível em : http://bit.ly/3kR6Ve9




                                                                               Gruta das Banjas

 


  Gruta das Banjas, com o trilho das vagonetas


 

O ouro na região do Baixo-Douro (Portugal): da serra das Banjas à serra das Flores - um património natural e histórico a preservar. Couto, H. e Soeiro, T. F C U P/ FLUP. 

Disponível em: https://bit.ly/2PvBf2l


 3. Aponta locais explorados pelos romanos referidos nas quadras

 4. Explica, a partir das imagens, como era explorado o ouro.


Romanos:

Furamos as entranhas da terra

Para o ouro extrair

Aquelas pedras amarelas

Muita gente fez sorrir

 


 

Em Melres e em Medas

Nós os Romanos por lá andamos

Fojos, poços e galerias

Tudo aquilo escavámos

 

 



 

 

                                                                            Santa Justa

 

 Também na Serra Pia

E ainda na Santa Justa

Onde até escadas fizemos

Para ficar mais augusta










Fojo das Pombas





Nestas duas serras

Ainda se podem ver

7 e 30 fojos

Que lá fomos fazer

 





5. Aponta vestígios romanos em Rio Tinto

   Explica o seu significado.


 

Em Rio Tinto, no Monte Penouco

Lá deixamos inscrições

Aos mortos que lá enterrámos

Fizemos nós orações

 


6. Caracteriza a Romanização da Península Ibérica


ROMANIZAÇÃO NA PENÍNSULA IBÉRICA

 

Connosco trouxemos deuses

Para sempre nos proteger

Partilhá-los com os naturais

Foi sempre o nosso dever

 


Ensinamos a tirar da terra

Não só o próprio sustento

Uma economia mercantil

Fez crescer o alimento

 

 


Construímos estradas e pontes

Como aquela lá do Lima.

Temíamos que nos fizesse esquecer

O que nos trouxe por aí acima.

 

 


Mas o nosso governador

Mostrando  grande calibre

Entrou nas águas sem medo

Como se fora o rio Tibre

 

Marcos miliários

Por todo o lado construímos

Para glória do Imperador

Até as estradas medimos

 


                                         marcos que marcavam as distâncias nas estradas romanas

 

Impusemos o latim

Que galaicos não sabiam articular

Com esta língua nobre

elevamos o seu falar

 

  Trouxemos muitas moedas

Para as trocas operar

Quanto metal luminoso

Criou o vosso bem estar!

 


 

Trouxemos comerciantes

Que muito contribuíram

Para alargar horizontes

Dos que nada possuíam

 

 

Fizemos rir no Teatro

E no Circo divertir

Ensinamos o culto dos deuses

Culta forma de sentir

 

 


Com os Galegos dos Galécios

Partilhámos o poder

Demos Direito de Cidadania

Civilizamos a valer

 

 

Construímos cidades

Como se pode ver em Conímbriga

Aos chefes locais demos poder

Acabou-se, assim, a briga.

 

          



7. Como os povos autóctones (locais)  viram as suas conquistas romanas

   Explica o ponto de vista dos povos da península ibérica.

 8.. Indica os elementos que foram modificados com a romanização, na Península Ibérica, particularmente na região que é hoje Portugal.


Somos os Romanos

Armados até aos dentes

Com nossas armas

Muito reluzentes

 

 


 

Estão aqui os romanos

Armados até aos dentes

Pensam que as terras são deles

Vieram conquistar esta gente





Nós somos os galaicos

Vivíamos em povoados

Castros ou Citânias

Sempre bem fortificados

 

 


Vivíamos em casas de pedra

Com pais, mães e avós

O gado nosso vizinho

Não nos deixava sentir sós

 

 


Defendemos nossos bens

Conta o Romano invasor

Tentamos evitar

Que fosse nosso senhor

 

 

Galaicos, Lusitanos ou Túrdulos

É nosso ser e valor

Conhecíamos muitas artes

Oleiro, ourives e agricultor.

 

 

Não falávamos o latim

Tínhamos o nosso linguajar

Para comunicar uns com os outros

Não foi preciso a língua atar.

 

 



Somos galaicos ou Celtas

Ou como nos queiram chamar

Vivíamos neste povoado

Antes de Júnio aqui chegar

 

 

Não  lhe podemos bem querer

Sendo ele nosso opressor

seria beijar as mãos

De quem é nosso matador.

 

Os romanos roubaram o ouro

Do fundo da terra a arder

Puseram-nos a escavar

Para o dourado metal obter

 






 

Os romanos obrigaram-nos

A abandonar tudo a correr

Como é que a um povo assim

Nós lhe podemos querer?

 

9. A HERANÇA

  Por que razão se poderá dizer que o facto dos romanos terem como uma das suas principais atividades a ourivesaria, os romanos poderão ter tido alguma influência nisso?


Nós somos Gondomarenses

Herdeiros dos romanos

Ensinaram-nos a explorar o ouro,

No tempo se perdem os anos

 

 


Trabalhamo-lo ricamente

Num trabalho delicado

O engenho será Celta

O produto por nós achado

 


Assim somos uma mistura

De artes e de magias

O que faz de nós este povo

Tão dado às alegrias