Público, 22 de maio de 2015
Apesar
do encerramento da lavra das minas, os escritórios continuam a funcionar, já
que a Companhia ainda possuía outras concessões, bem como terrenos e imóveis,
que precisavam de ser geridos. Chegou a haver mesmo uma tentativa mal sucedida
de reativação da lavra das minas, acabando estas por ser vendidas à empresa
Terriminas.
A
22 de maio de 1975. enquadrando-se no espírito revolucionário da época, a população mineira que tinha diversos conflitos com a Companhia
as Minas, receosa da fuga de património da empresa, ocupou os seus escritórios, com a solidariedade de estudantes e professores da escola D. Afonso V, a fim de
se apropriar do que achava ser seu de direito.
Este
movimento deu origem à criação do Centro Revolucionário Mineiro (CRM).
O
CRM fez a gestão da documentação, principalmente dos cadastros, para ajudar a
população local, na obtenção de pensões e reformas (por invalidez, entre
outras), bem como de outros benefícios aos quais tinha direito.
Desta
forma, foi organizado um arquivo no Centro que reuniu toda a documentação
referente aos mineiros, permitindo, assim, a obtenção de pensões às quais os ex-
operários mineiros tinham direito. Com
efeito, o CRM, de facto, tinha sido reconhecido pela Direcção-Geral de
Previdência, autorizando a passar
declarações várias acerca da situação dos trabalhadores mineiros .
Sem comentários:
Enviar um comentário