segunda-feira, 30 de novembro de 2020

S. Pedro da Cova: a Mina depois da Mina

 



                                                           Público, 22 de maio de 2015





 

Apesar do encerramento da lavra das minas, os escritórios continuam a funcionar, já que a Companhia ainda possuía outras concessões, bem como terrenos e imóveis, que precisavam de ser geridos. Chegou a haver mesmo uma tentativa mal sucedida de reativação da lavra das minas, acabando estas por ser vendidas à empresa Terriminas.

 

 

A 22 de maio de 1975. enquadrando-se no espírito revolucionário da época,  a população  mineira que tinha diversos conflitos com a Companhia as Minas, receosa da fuga de património da empresa,  ocupou os seus escritórios, com a solidariedade de estudantes e professores da escola D. Afonso V,  a fim de se apropriar do que achava ser seu de direito.

Este movimento deu origem à criação do Centro Revolucionário Mineiro (CRM).

O CRM fez a gestão da documentação, principalmente dos cadastros, para ajudar a população local, na obtenção de pensões e reformas (por invalidez, entre outras), bem como de outros benefícios aos quais tinha direito.

Desta forma, foi organizado um arquivo no Centro que reuniu toda a documentação referente aos mineiros, permitindo, assim,  a obtenção de pensões às quais os ex- operários mineiros tinham direito.  Com efeito, o CRM, de facto, tinha sido reconhecido pela Direcção-Geral de Previdência, autorizando a  passar declarações várias acerca da situação dos trabalhadores mineiros .





O CRM, enquadrado no espírito revolucionário do PREC, defendia o poder popular, o direito à habitação, à cultura, afinal, os direitos humanos em geral.



















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