domingo, 9 de fevereiro de 2020

Património Natural e misto













Paisagem do Alto do Ramalho, S. Pedro da Cova








Santa Justa









Fojos da Santa Justa

Fojo ou banja  - são buracos que serviram para entrada nas minas que os romanos escavaram por estas redondezas, neste caso minas de ouro.





Podes dar-te conta da beleza destas paisagens, através do filme de Paulo Ferreira - Parque das Serras do Porto

https://bit.ly/3sqzG4u    -  rapazes dos moinhos de Jancido







Rio Ferreira, em S. Pedro da Cova


Rio Ferreira, em S. Pedro da Cova


Rio Ferreira, em S. Pedro da Cova



Ínsua - S. Pedro da Cova








Plantas carnívoras - perto do Rio Ferreira, em S. Pedro da Cova



Trilha do Parque das Serras de Gondomar e Valongo




Moinho do Vicente








É conhecido como a Azenha do Vicente e foi construído em 1784.

As paredes são de lajes e pedras duras da região, como o granito. 
O telhado já foi de lousa, mas, neste momento é de telha.
Possuía uma mó em funcionamento.

Costumava ser local de convívio, onde o presunto e a boroa caseira abundavam.





Moinho do Vicente em 2017




Moinho de José Pinto com inscrição na porta com a data do moinho


  Foi construído em 1782, data inscrita na padieira da porta.  
 Nas ombreiras da porta do moinho estão gravados de um lado uma cruz e do outro um arco e uma flecha. A cruz significa que o dono do moinho estava isento de impostos à igreja   e não prestava serviços ao rei. Os outros dois símbolos significam que o moleiro estava isento de ir para a guerra, facto  significativo da importância social do moleiro, no século XVIII e XIX.  





Fojo- entrada de uma mina de extração de ouro romana.





Rio Ferreira - S. Pedro da Cova

Rio Ferreira - S. Pedro da Cova


Rio Ferreira - S. Pedro da Cova


Ponte de Belói, 2020


Belói

Rio Ferreira








Quinta das Freiras


Rio Tinto


MONTE CRASTO



Monte Crasto

Elevação do Monte Crasto -vista aérea



Carta militar, folha 122

O Monte Crasto é um exemplo de um “monte ilha” em granito, que foi sofrendo a erosão ao longo do tempo, dando origem aos materiais saibrosos no seu sopé. Da composição do granito, o feldspato e a mica forma as mais erosivas, sendo o quartzo, o componente mais resistente.

Diacláses

No atual Monte é possível ver zonas com diáclases graníticas,[1] até em estado de algum perigo como é o caso onde assenta o nicho com a Nossa Senhora.
A Erosão ocorrida nestas rochas  graníticas facilitaram a apropriação por parte da população vizinha das pedras necessárias para as suas casas. Já Camilo de Oliveira refere o aspeto escalvado do monte e o movimento dos carreteiros, que durante alguns anos do século XIX, lá iam apropriar-se da pedra e saibro para as construções particulares. ( Oliveira, C, 1933, volI, p. 2095)
Confronta a norte com a Câmara Municipal; a nascente, o Monte Calvário e outras serranias; a sul, uma extensão de povoamentos até ao Rio Douro; e a poente, a vila de Valbom integrada no concelho de Gondomar. O monte Crasto foi durante alguns anos do século XIX, local de extração de saibro e granito, o que provavelmente pode ter feito desaparecer vestígios da fortificação romana (Oliveira, 1932).

A elevação do Monte Crasto tem cerca de 194m. de altura.
É um miradouro natural de onde se podem alcançar vistas deslumbrantes sobre o Rio Douro, Gaia, Porto, Matosinhos e Maia.
O seu nome de “crasto” resulta do latim “castrum” que significa castelo ou praça fortificada, mas que acabou por se generalizar como lugar vistoso.
Não há vestígios no monte de qualquer fortificação erigida pela mão do homem. No entanto, a configuração do terreno era propícia à defesa da população, em caso de guerra.  A ter existido fortificação, a devastação de que foi vítima com a extração de saibro e granito, teria levado ao seu desaparecimento (Oliveira, 1932).


monte fotaleza moderna



Existem relatos da descoberta de alguns objetos de olaria como tégulas, uma mó romana e um almofariz em pedra. ( a mó chegou a encontrar-se no museu da Igreja paroquial).
Foram também encontradas moedas romanas, o que prova que os romanos não foram alheios a este local.
A Enciclopédia Universal II Europeo-Americana, tomo XXVI, Barcelona, refere  a existência de uma fortaleza, no monte Crasto, e segundo a lenda uma mina de ouro, encontrando, aqui, vestígios de minas abertas pelos romanos e pelos árabes.
A Enciclopédia Portuguesa de Max. Lemos, vol V, p. 309, refere: “No monte Crasto houve também minas de ouro. O que é certo é que os romanos e os árabes fizeram ali muitas obras de mineração, do que há evidentes vestígios em várias galerias”.
Levanta-se a hipótese de ter sido habitada antes dos romanos e possuir uma fortaleza inexpugnável de árabes. D Alboazar Ramirez conquistou-a. (Camilo Oliveira, 1930, VolI,p. 106)
Fortaleza construída ou natural, a verdade é que o monte é um local que facilita a defesa, dada a sua configuração e amplo ângulo de visão sobre as regiões à volta.



Uma certidão extraída da Câmara Eclesiástica do Porto, em 1897, transcreve toda a documentação do “Autos de Património da Capela de Santo Isidoro, Santa Bárbara e Nossa Senhora da Lapa.” A autoação foi a 11 de Julho de 1757. A escritura de doação diz o seguinte:
O documento do Auto de Doação data de 1757, escritura pública celebrada em 12.07.1757 na Cidade do Porto, no escritório do Tabelião José António de Morais Sarmento, descreve a doação feita por Salvador Francisco, jornaleiro e sua mulher Maria da silva, moradores no lugar do Crasto, Freguesia de São Cosme de Gondomar, juiz da capela de Santo Isidoro e Santa Bárbara e nossa Senhora da Lapa, sendo reverendo Padre Joseph Alves e mordomos Manuel ramos das Neves e Agostinho Martins.
O referido casal doam terra de matos, cerca e tapada cercada sobre si, de terra de matos e pinheiros à qual soparão no monte baldio, no mesmo monte Crasto. A tapada pertence à dita capela e acha-se dízima a Deus.
Esta doação à Capela é feita pelos “benefícios que tinham recebido da Senhora da lapa e mais Santos da dita Capela,  assim faziam doação  de “hoje para sempre da dita tapada e de todo e qualquer santo que tivessem adquirido nela. Transferem para a dita capela “os rendimentos presentes e futuros, e que logo os officiaes da Confraria da mesma capela por esta logo possão de tudo tomar posse que da sua parte lha largão e ão por dada pella clauzula Constututi e de tudo fazer e dispor como couza que hera e fica sendo Capella o que se obrigão a não hirem em tempo algum contra esta escriptura.
Depoem cinco testemunhas, avaliando em cem mil e mais o seu valor e o rendimento anual de cinco reis, “por estarem em boa terra”.
Os louvados, devidamente ajuramentados, foram ver e avaliar as propriedades e “acharam em suas consciências valerem as propriedades dotadas ao prezente cem il reis e para ao diante muito masi, por ter uma grande testada de monte; e que renderão livres, hum ano por outro, cinco mil reis para fabrica da Capella”.
A sentença tem a data de 7. 09. 1757, sendo governador Manuel Frei Aurelio de Santo Thomaz.
O cerimonial de investidura consistia na entrega de ramos de árvore, visto que o monte é arborizado.
Doam a Capela e todos os espaços do Monte Crasto.
A Câmara Municipal reconheceu que tanto o monte como as suas pertenças são propriedade da Confraria de Santo Isidoro e não da Câmara.

As questões da propriedade, ao longo do tempo, um pouco desconhecidas, já que a Câmara em 1877, em sessão de 22 de fevereiro, proíbe aos montantes a extração de pedra.

A Confraria

A Confraria, na segunda década do século vinte, composta pelo padre Crispim Gomes Leite, desembargador Dr. José Silvestre Cardoso, Germano José de Castro, Dr. Ernesto da Fonseca, Jorge Eduardo Kock e Dr. José Barbosa Ramos, procedeu a obras de beneficiação, mandando construir uma escada em caracol com acesso à torre e a Gruta romântica.  Esta foi construída em 1929 com estactites e água que é levada duma propriedade que existia na base do monte. A gruta é cercada de um lado e do outro por uma escadaria que pelo lado oriental leva à capela.
Procede, também, à reflorestação do monte e construção de canteiros.
Neste particular é de relevar a acção do padre José de rio Carreiro (Padre José Martins de Oliveira), cura da freguesia de S. Cosme que tinha o gosto da caça e das flores e se dedicou a embelezar o monte com árvores exóticas e múltiplos canteiros. Do lado poente, abaixo da porta principal da capela, mandou construir um lago, e por cima do lago uma pequena ponte, existindo no lado norte, a pequenina gruta de Camões, o que acabou por perecer com o tempo e a incúria. Havia, também um óculo de grande alcance para apreciar as belas vistas que do monte se alcançam.
A antiga capela foi construída e em sua substituição foi construída a que existe actualmente.
Constituiu-se, em 1 de março de 1928,  uma Sociedade de Propaganda do Monte Crasto,  por Raúl Ramos Lobão, José António Pacheco de França e Francisco Manuel de Almeida Sande cujos fins são “aproveitamento de todas as belezas naturais do monte, a sua propaganda dentro e fora do concelho, embelezamento, criação de divertimentos diversos e bem assim despertar interesse aos naturais e visitantes por esta formosa estância”.
A comissão fundadora que integrava muitas mais pessoas, de várias condições sociais e entre elas duas senhoras mandou colocar placas indicativas do monte, em esmalte, iluminação eléctrica e diversa propaganda, mesmo nos elétricos.

A “Sociedade…” mandou construir um bar, mesmo antes da existência da luz eléctrica, com certos bens essenciais para os excursionistas: variadas qualidades de vinho, cervejas, licores, café, chá sandes.
Camilo de Oliveira sugere a construção de um hotel, por algum capitalista de bom gosto,  do lado oriental do monte para que se desfrutasse destas belezas.
As populações dos arredores apreciavam a frescura e as vistas do Monte Crasto. No início do século, uma diligência partia do Porto às 11 horas e de S. Cosme às 18h.30m.





[1] As diaclases (fracturas ao longo das quais não existiu movimento considerável. Normalmente, a maior movimentação corresponde ao afastamento dos compartimentos na direção perpendicular ao plano de fratura)




Monte Crasto . vistas


Pedra do Centenário da doação do Monte Crasto à Confraria de Santo Isidoro


Porta da entrada no Monte Crasto.


Escadas  do Monte Crasto


Mesa para piquenique - Monte Crasto


Galinhas à solta - Monte Crasto


Mesas no Monte Crasto





Vistas do Monte Crastp


Banco do Monte Crasto





Aviso sobre o perigo de cair pedras

Mesa e banco - Monte Crato


Cova da Onça - Monte Crasto


Diaclases


Monte Crasto




CAPELA DO MONTE CRASTO


Aspeto atual




Na verga da porta principal existia a gravação a granito: HiX PAESUNT ISIDORUS SACTAQUE BARBARA VIRGO DOCTOR IS EGREGIUS FULMINE SERVAT EA ou seja: “aqui são patronos isidoro e a santa Bárbara Virgem; aquele é doutor da igreja e esta preserva do raio”. Este lintel foi, no primeiro quartel do se´culo XX substituído por um outro em azulejo.
Em frente à capela, há um cruzeiro erigido em 1759 e que tem a inscrição: MEL MARQ. Da ZEMA ou seja Manuel Marques da Azenha, certamente o nome do devoto que o mandou erigir.

Não se sabe ao certo quando foi construída a primitiva capela, mas já existia em 1758, pois é mencionada nas Memórias Paroquiais de 1758, dizendo que tem romagem na 1ª oitava da Páscoa.
No interior da capela é possível observar as seguintes imagens:



No altar principal – Santo Isidoro, Santa Barbara, São Vicente e Nossa Senhora da Lapa






No interior esquerdo da capela – Santa Luzia e Menino Jesus de Praga
No interior direito da capela – Nossa Senhora de Fátima, São Paio, e São Pedro de Alcântara.





                               Pendão de Santo Isidoro e Nossa senhora da Lapa



A festividade a santo Isidoro realiza-se no domingo de pascoela. Vem de tempos longínquos

As pessoas antigas costumavam dizer, que quando se tinha ideias parvas, era necessário ir levar com o Santo na cabeça. 


VALBOM

Vale Gramido






















Passadiço, possível devido ao Plano Urban 2000


Catavento da Quinta do Passal





Remadores do Clube naval Infante D. Henrique






Barcos valboeiros adaptados




JOVIM






Jovim,  Marecos - foto de João Pereira





Jovim Atães



Jovim



Jovim, MargaridaGA



LOMBA



A região de Gondomar que fica do outrodo outro lado do rio Douro.

Lomba. arquitetura do Rabelo


A Lomba era um local de construção de barcos rabelos.


Praia fluvial da Lomba.




TRILHO DA CARQUEJA - SERRA DAS BANJAS (TRILHOS DAS SERRAS DO PORTO)

 

PARQUE DAS SERRAS DO PORTO

 

O Parque das Serras do Porto, cobre cerca de 6.000 hectares, é composto pelas serras: Santa Justa, Pias, Castiçal, Santa Iria, Flores e Banjas, que se localizam em Gondomar, Paredes e Valongo. Trata-se de um áres classificada desde 2017, “como Paisagem Protegida Regional”, integra o Sítio Rede Natura “Valongo” e o “Parque Paleozóico de Valongo”.

Estas região integra os vales dos rios Ferreira e Sousa e linhas de cumeada que proporcionam uma bela perspetiva do meio envolvente.

Atualmente, o Parque das Serras do Porto tem três centros de receção ao visitante com informação útil sobre o Parque (Visitar Página oficial).

 

TRILHOS DAS SERRAS DO PORTO

 

DESCRIÇÃO DO TRILHO REALIZADO

PR - TRILHO DA CARQUEJA (SERRA DAS BANJAS)

 






O trilho percorre a Serra das Banjas, com uma altitude de 371 metros. Situa-se situada no concelho de Gondomar, a oeste da Serra da Lousada, a norte de Melres e ao sul da Sobreira. Detaca-se, neste percurso a Gruta das Banjas bem como o contacto com a zona ribeirinha de Melres. Nas zonas mais altas, o percurso é realizado predominantemente por caminho florestal, com predominância de eucaliptos. Nas zonas mais baixas, caminha-se por zonas agrícolas e residenciais. Dado que os trilhos não estão ainda sinalizados, é  aconselhável o uso de GPS, sobretudo nos zonas habitacionais.

 

“Iniciamos o trilho em Melres, no Parque de Estacionamento da Praia e Igreja, não sabemos se será o local oficial de inicio e fim deste trilho, mas aqui encontramos um amplo estacionamento e serviços de apoio. No local não encontramos qualquer painel informativo ou sinalética do percurso. Na ausência de informação e de marcações no terreno realizamos o trilho no sentido dos ponteiros do relógio.

 

Depois de visitar a Igreja Matriz de Melres, templo remodelado no século XIX, apresenta, no interior, imagens e pinturas de santos com algum interesse, seguimos para norte pela Rua do Montezelo, até à Marina de Melres. O percurso continua por mais 400 metros pela Rua de Montezelo para depois seguir à direita por um caminho de pé posto, onde encontramos a primeira sinalização deste PR. Atravessamos a EN108 pelo viaduto e o caminho de pé posto interseta de seguida a ingreme Rua das Forcadas.

Subimos a Rua das Forcadas que desemboca no amplo caminho florestal que sobe a serra em direção a Santa Iria, sem atingir o seu cume (416m), aos 268 metros de altitude, rodamos à direita em direção a sudeste até atingir a linha da cumeada onde interseta a GR. O trilho continua por amplo caminho florestal, onde predominam os eucaliptos e as panorâmicas envolventes, com destaque para o curso do Rio Douro encaixado no vale.


Gruta das Banjas


Seguimos sem perda possível o amplo caminho florestal até ao ponto culminante do percurso, a Gruta das Banjas. A Gruta das Banjas não é mais do que uma antiga mina de ouro escavada a pulso pelos nossos antepassados. Este local é perigoso porque a gruta não está vedada e é um grande buraco no solo com uma profundidade que impõem respeito. Para visitar a gruta é necessário fazer um pequeno desvio do trilho (400m ida e volta), mas vale a pena entrar na gruta. Aconselha-se o uso de lanterna pelo perigo de escorregar ou bater com a cabeça no teto da gruta.

Depois de entrar na gruta, voltamos ao PR e seguimos para o Alto da Serra das Banjas onde as panorâmicas envolventes são soberbas, é visível S. Domingos da Serra, a Foz do Rio Arda (na freguesia de Pedorido), a Foz do Rio Mau (na freguesia de Rio Mau), a freguesia de Melres, com destaque para o curso do Rio Douro atestando bem a dureza dos seus contornos tortuosos encaixados nos profundos vales.”

“ atingido o ponto mais alto deste percurso, iniciamos a descida da serra, inicialmente para sudeste por caminho florestal e depois por um troço de caminho de pé posto onde predomina a vegetação rasteira de carqueja e urze até rodar para sudoeste em direção ao pequeno lugar de Vilarinho.

Atravessamos o lugar e seguimos por caminho agrícola com vegetação diversificada de carvalhos e pinheiro bravo, cruzamos a pequena linha de água do Ribeiro de Mirões e logo de seguida subimos à Rua da Presas que seguimos em direção à Igreja de Melres, local de início e término deste percurso”.


FICHA TÉCNICA
Realização: 17 de janeiro de 2021
Percurso: Melres (Parque da Praia e Igreja) - Gruta das Banjas - Serra das Banjas - Vilarinho - Melres
Distancia: 11 km
Duração: 3h02min
Tempo em movimento: 2h15min
Tempo parado: 0h47min
Movimento médio: 5,0km/h
Acumulado positivo: 459m
Acumulado negativo: 458m


DESCRIÇÃO DO TRILHO REALIZADO

PR - TRILHO DA SERRA DO CASTIÇAL

 






O trilho, conforme o próprio nome designa, percorre a Serra do Castiçal, que com uma altitude de 324 metros é a 3050º elevação de Portugal Continental. Está situada no concelho de Gondomar, a leste de Belói, a nordeste de Salgueiro e ao sul de Serra de Pias. Neste percurso é possível o contacto com a natureza e o desfrute da paisagem, bem como o contacto com um aglomerado rural como o de Belói. O percurso é realizado por caminho florestal, onde predominam os eucaliptos. Aconselha-se o uso de GPS, os referidos trilhos estão em fase de implementação e não encontramos sinalética suficiente e inequívoca do trilho que seguíamos, podendo levar a erros de orientação no terreno.

 

Iniciamos o trilho em Belói, na Rua do Ramalho, na margem direita do Rio Ferreira, não sabemos se será o local oficial de inicio e fim deste trilho, mas aqui encontramos um amplo estacionamento e serviços de apoio. No local não encontramos qualquer painel informativo ou sinalética do percurso, atravessamos a ponte sobre o Rio Ferreira e pouco depois à nossa esquerda seguimos a escadaria de acesso à Capela da Nossa Senhora das Mercês, onde encontramos a sinalética de PR e GR.

 

Capela Nossa Senhora das Mercês

A Capela de Nossa Senhora das Mercês foi construída em 1834, por um proprietário do Lugar de Belói, a expensas suas, por benesses recebidas, manifestando, deste modo, a Nossa Senhora das Mercês as graças recebidas. Foi durante todos estes anos, até 1994, o único lugar de culto da zona Sul da freguesia, onde se celebravam todos os atos de Culto. Conta-se que foi construída pelos habitantes do lugar de Belói em especial pelos "Lavradores" como agradecimento a Nossa Senhora pelas mercês concedidas, daí advém o nome: Capela Nossa Senhora das Mercês. Sofreu várias obras de remodelação, o que originou alterações do seu traçado original.

 

O percurso atravessa o casario de Belói, pela ingreme Rua Nossa Senhora das Mercês, até intersetar a estrada N209-1. Percorremos 300 metros da estrada para seguir à nossa direita por um caminho florestal, onde predominam os eucaliptos, que em ziguezague nos faz vencer o principal desnível do percurso. Na cumeada, o amplo caminho florestal dá lugar, por alguns metros, a um trilho de pé posto, onde as panorâmicas são o principal atrativo. Voltamos a caminho florestal, descemos ligeiramente, aqui requer alguma cautela, intersetamos outro PR podendo levar a erros de orientação.

 

O trilho continua por amplo caminho florestal até ao ponto culminante do percurso, o alto da Serra do Castiçal. Não chegamos aos 324 metros de altitude, o PR mantem-se pelo caminho florestal e não encontramos nenhum acesso evidente até ao conjunto rochoso do cume da Serra do Castiçal. Mesmo assim, nesta cota mais baixa, tivemos panorâmicas sobre Gondomar, Fânzeres, São Pedro da Cova e o Rio Douro.

 


Atingido o ponto mais alto do percurso, iniciamos a descida em direção a sul. Continuamos por caminho florestal, onde a vegetação predominante continua a ser o eucalipto, dois quilómetros depois estávamos nas Lagoas de Midões.







As Lagoas de Midões, situadas na confluência das freguesias de Gens, Foz do Sousa e Covelo são vestígios de antigas minas de carvão, encerradas por volta de 1927. A zona, em forma de vale, densamente arborizada por eucaliptos e pinheiro bravo tem quatro lagoas de um azul intenso dispostas ao longo do vale, atualmente só se tem acesso fácil às duas lagoas de cima.

Agora o trilho segue para norte, continuamos por caminho florestal, onde a vegetação predominante continua a ser o eucalipto. Intersetamos uma linha de água e uma levada, voltamos a subir ligeiramente por um antigo caminho entre muros, recentemente limpo e paralelo ao amplo caminho florestal, para iniciar a descida até à estrada EM611, que intersetamos por 50 metros. Seguimos à direita pela Rua do Soutinho que desemboca no caminho florestal da margem esquerda do Rio Ferreira.

 

O Rio Ferreira inicia o seu percurso, em labirinto, na freguesia de Campo, concelho de Valongo, desaguando as suas águas tão apetecíveis por turistas, veraneantes, pescadores e população em geral, no rio Sousa, este afluente do famoso Rio Douro. Serviu este rio em tempos idos, de praia muito animada e concorrida, de regadio dos campos que lhe limitam o leito, de instrumento de grande e verdadeira higiene às gentes que habitavam nas suas proximidades, que aproveitando os seus "braços" mais propícios e/ou "levadas" mais acessíveis lavavam, nas suas águas grandes "carregos" de roupa.

O caminho da margem do rio desemboca na Rua Aldeia de Belói, e daqui até à Rua do Ramalho, ponto de inicio e fim deste trilho é um instante.

 

 

FICHA TÉCNICA

Realização: 9 de janeiro de 2021

Percurso: Belói - Alto da Serra do Castiçal - Lagoas de Midões - Belói

Distancia: 11,0 km

Duração: 3h09min

Tempo em movimento: 2h26min

Tempo parado: 0h43min

Movimento médio: 4,6km/h

Acumulado positivo: 531m

Acumulado negativo: 527m

TRILHO DA SERRA DO CASTIÇAL (TRILHOS DAS SERRAS DO PORTO) - https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/trilho-da-carqueja-serra-das-banjas-trilhos-das-serras-do-porto-64150909


TRILHO DO VOLFRÂMIO - SERRA DAS FLORES (TRILHOS DAS SERRAS DO PORTO)

 

DESCRIÇÃO DO TRILHO REALIZADO

PR - TRILHO DO VOLFRÂMIO (SERRA DAS FLORES)

 

Percurso na serra das Flores



O trilho percorre a Serra das Flores ou Açores, que com uma altitude de 320 metros, nos concelho de Gondomar, a oeste da Serra de Santa Iria, a sul de Aguiar de Sousa e ao norte de Medas. O percurso é realizado por caminho florestal, onde predominam os eucaliptos.

 

“Iniciamos o trilho em Covelo, na Rua da Louseira (EM615), não sabemos se será o local oficial de inicio e fim deste trilho, mas aqui encontramos um amplo estacionamento. No local não encontramos qualquer painel informativo ou sinalética do percurso. Na ausência informação e de marcações no terreno realizamos o trilho recorrendo ao mapa em pdf apresentado pela Câmara Municipal de Gondomar. Optamos por fazer o percurso no sentido dos ponteiros do relógio.

 

Seguimos para norte por um caminho florestal, sempre a subir em direção ao alto da Serra das Flores (320m) sem atingir o seu cume, aos 221 metros de altitude, rodamos 90º à direita para seguir pela cumeada da serra até ao Marco Geodésico das Medas (245m) e às Ruinas da Capela de Santa Bárbara (252m).

 

 

Ruínas da Capela de Santa Bárbara

 A Capela de Santa Bárbara (224m), padroeira dos mineiros, foi mandada erigir em 1884, no alto da Serra das Flores (ou Açores), a 252 metros de altitude, pela Companhia das Minas Riba-Douro. A capela era um espaço onde os muitos mineiros católicos tinham um local para rezar. Contudo a capela nunca seria terminada e hoje restam apenas as ruinas deste edifício.

 

O percurso recua 300 metros para descer, em direção a sudoeste, pela encosta o caminho florestal onde predominam os eucaliptos para rodar 90º à direita e voltar a seguir para norte. Ao km 5.8 abandonamos o caminho florestal para seguir um trilho mal definido de pé posto que interseta o Ribeiro do Corgo o qual acompanhamos por alguns metros em sucessivas travessias, para voltar a amplo caminho florestal e seguir em direção às Ruínas da Mina do Corgo.

 

 

Mina do Corgo

 A Mina do Corgo designada Sitio do Corgo arrolada no Catálogo Descritivo da Secção de Minas (1889) ou, simplesmente, mina do Corgo, retratada no Inquérito Industrial de 1890, situava-se na freguesia de Medas, na vertente ocidental da Serra das Flores (Serra dos Açores). A mina tinha uma área de 54 hectares e fora concedida, em 1884, à firma Shore e Cudell, formada por dois estrangeiros: o alemão Gustavo Cudell e o inglês Augusto Shore. Poucos anos depois, esta companhia trespassou a propriedade a uma companhia inglesa denominada The Lixa Mining Company Limited.

 

Forno da Mina

Esta companhia, para além de ter a exploração de antimónio em várias concessões, decidiu construir no local da mina do Corgo uma fundição para produzir o “régulo” de antimónio e ouro. Esta seria a tentativa para que a indústria de antimónio na região se pudesse desenvolver, em vez de exportar apenas o sulfureto de antimónio sem passar pelo processo metalúrgico. A exportação do sulfureto e do “régulo” do antimónio das minas da região mineira do Douro, seria uma forma de alargar o mercado deste minério a outros países sem as minas do Douro estarem dependentes da indústria transformadora inglesa através da qual era efetuada a maior parte da comercialização do antimónio. A iniciativa poderia ser uma boa solução para dinamizar a indústria da região; contudo o processo não seria do agrado das empresas de fundição que tratavam do minério em Londres. Isto leva a que vários poderosos e influentes empresários do mercado inglês tentassem dificultar os negócios de The Lixa Mining Company Limited, impedindo por diversos meios que as outras minas vendessem o minério à empresa da mina do Corgo.

 

A mina do Corgo, de que era concessionária a empresa The Lixa Mining Company Limited, por motivos de falta de capital acaba por ficar sem a posse da mina e esta é declarada abandonada a 21 de junho de 1908 (ADP, Processos..., C/10/8/2-6.26).

 

 TRILHO DE BELÓI - ALTO DA PENECA (TRILHOS DAS SERRAS DO PORTO)

 

DESCRIÇÃO DO TRILHO REALIZADO

PR - TRILHO DE BELÓI - ALTO DA PENECA



Trilho Alto da peneca


 




O trilho percorre o lugar de Belói, S. Pedro da Cova, concelho de Gondomar. Inclui a zona ribeirinha de Belói, caminhos rurais e nas zonas mais altas, a floresta predominantemente de eucaliptos. A sinalética é insuficiente.

 

“!ALERTA PERIGO!

Este percurso inclui a travessia do Rio Ferreira, atualmente (janeiro 2021) não dispõem de qualquer estrutura para a sua travessia em segurança. Identificamos no local um conjunto de blocos de granito a ligar as duas margens, no entanto o caudal do rio cobriu por completo os blocos e juntamente com a força da água a passagem torna-se impossível. Aguarda-se intervenção adequada da entidade promotora do PR no garante da segurança da travessia do rio.

 

Rio Ferrreira

Iniciamos o trilho no lugar de Belói, Mateus da Ponte, não sabemos se será o local oficial de inicio e fim deste trilho, mas aqui encontramos um amplo estacionamento e serviços de apoio. No local não encontramos qualquer painel informativo ou sinalética do percurso. Na ausência informação e de marcações no terreno realizamos o trilho no sentido dos ponteiros do relógio.

 

Panorama Belói

Seguimos pela Rua da Ribeira, intersetamos a Rua das Congostas onde encontramos a primeira sinalética deste percurso. Por agora o trilho faz-se por caminho alcatroado que atravessa a Ribeira dos Silveirinhos e alcança pouco depois um mirante natural com um magnifico Panorama do Rio Ferreira.

 

 

 

O caminho da margem do rio desemboca na Rua Aldeia de Belói, e daqui até Mateus da Ponte (Rua do Ramalho), ponto de inicio e fim deste trilho é um instante.

 

 

FICHA TÉCNICA

Realização: 29 de janeiro de 2021

Percurso: Belói (Mateus da Ponte) - Alto da Peneca - Belói

Distancia: 7,8 km

Duração: 3h02min

Tempo em movimento: 2h20min

Tempo parado: 0h42min

Movimento médio: 4,4km/h

Acumulado positivo: 351m

Acumulado negativo: 343m

 

O percurso continua por amplo caminho florestal para sul para rodar 360º novamente para norte, quase a intersetar o caminho anteriormente realizado, aqui requer alguma cautela, para virar à esquerda, em direção a oeste e pouco depois temos como referência a A41 até à Rua da Louseira, ponto de inicio e fim deste trilho.



https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/trilho-de-beloi-alto-da-peneca-trilhos-das-serras-do-porto-64796776

 

 

FICHA TÉCNICA

Realização: 16 de janeiro de 2021

Percurso: Covelo (Rua da Louseira) - Capela de Santa Bárbara - Mina do Corgo - Covelo

Distancia: 10,5 km

Duração: 3h58min

Tempo em movimento: 2h26min

Tempo parado: 1h32min

Movimento médio: 4,3km/h

Acumulado positivo: 406m

Acumulado negativo: 410m

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