Património
Relatório do Estado do ordenamento do território
O património de Gondomar segmenta-se em três tipos, o
património arquitetónico, arqueológico e o natural/paisagístico, de acordo com
a Lei n.º 107/2001, de 6 de setembro. A preservação e promoção do património é
essencial na valorização da imagem e da identidade, salvaguardando e
aproveitando «o interesse cultural relevante, designadamente histórico,
paleontológico, arqueológico, arquitetónico, linguístico, documental,
artístico, etnográfico, científico, social, industrial ou técnico, dos bens que
integram o património cultural refletirá valores de memória, antiguidade,
autenticidade, originalidade, raridade, singularidade ou exemplaridade.»
Gondomar, segundo as Fichas de Património constantes
no PDM, têm identificados 70 valores patrimoniais arquitetónicos e 10
arqueológicos (remete-se para a consulta da tabela seguinte para observar o
contexto atual do estado do património).
Tabela 26: Património existente no concelho e o seu
atual estado de conservação, por tipologia
A – Valor patrimonial classificado IIP – Imóvel de
Interesse Público MIP – Monumento de Interesse Público 1.1 – Código de
referência do valor patrimonial no PDM PA – Património Arqueológico Fonte: CMG
Atendendo às informações recolhidas, importa referir
que a grande maioria dos elementos patrimoniais encontram-se salvaguardados, à
exceção de 10 elementos que se encontram por intervir, localizando-se nas
freguesias de Rio Tinto: 3, U.F. de Gondomar, Valbom e Jovim: 4, U.F. de
Fânzeres e São Pedro da Cova: 2, e, por fim, U.F. da Foz do Sousa e Covelo: 1.
José António Marques Salgado Lameiras, Emgº
Civil U.C.
Os mesmos são símbolos identitários de Gondomar na sua
dimensão histórica e urbana do território. Isto é, estes elementos refletem,
dominantemente, a essência rural que o município teve, até aos últimos anos da
década de 1970, em que processo de urbanização e o aumento populacional tiveram
consequências, não só no património, mas também na forma como este é usado. Nos
10 elementos identificados como a necessitar de intervenção distingue-se três
contextos: · A rural: Associado ao crescente
processo de urbanização do território e consequente perda da dinâmica agrícola,
que motivou a existência de elementos/conjuntos patrimoniais debilitados, face
à ausência de manutenção ou de abandono da função que outrora desempenhava.
Aqui, podem-se localizar os seguintes elementos patrimoniais: o Lavadouro
público (Rio Tinto), a Quinta com ponte (U.F. de Fânzeres e São Pedro da Cova)
e o Núcleo Rural na rua da Aboinha (U.F. de Gondomar, Valbom e Jovim).
A urbana:
Associado ao processo de infraestruturação e de
construção após 1970, que fez emancipar a existência de elementos/conjuntos
patrimoniais com necessidade de recuperação, face ao abandono, associado às dinâmicas
imobiliárias expansionistas e de maior valorização da construção nova que
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